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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Onda Verde pode definir eleições e problemas ambientais

Em duas reportagens do Blog Ciência e Meio Ambiente do JC, é tratada a influência da Onda Verda da candidatura de Marina Silva do PV à presidência em relações a problemas ambientais atuais.


Na primeira reportagem, no dia 7 de Outubro de 2010 o foco foi o Código Florestal:


"A ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, determinou aos técnicos de sua Pasta, durante reunião realizada na última terça-feira, que adotem um ritmo mais lento nos trabalhos de avaliação da proposta para substituir o Novo Código Florestal. A orientação, segundo fonte da área que participou do encontro, é que somente após o segundo turno das eleições será possível concluir as propostas de modificação do texto. O objetivo é o de que o documento, que está sendo preparado pelo Ministério, entre no lugar do projeto de lei que foi debatido na Câmara e que está a cargo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), também aguardando o desfecho das eleições"



Na segunda reportagem, hoje, dia 11 de Outubro, o tema foi a usina de Belo Monte:


 Graças à "onda verde" causada pela candidatura de Marina Silva (PV) à presidência, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) está tendo uma rara oportunidade de analisar uma licença ambiental polêmica - a da usina de Belo Monte (PA) - sem a já tradicional pressão política por parte da área energética do governo.
Apesar de a liberação da licença provisória do canteiro da hidrelétrica já estar atrasada em quase uma semana - a expectativa da Eletrobras era de ter a autorização até o final de setembro - não está havendo pressão sobre o Ibama. Nem pública e nem nos bastidores. "Eu prefiro que não saia antes do segundo turno. Uma semana a mais ou a menos não faz diferença", disse uma fonte governamental na área de energia elétrica.

A leitura que está sendo feita é de que, como a obra de Belo Monte é muito polêmica - contestada por ambientalistas, índios e, recentemente, até pelo cineasta James Cameron, diretor de Avatar - liberar a obra antes do segundo turno das eleições presidenciais pode prejudicar a campanha de Dilma Rousseff ao Planalto.
Com os quase 20% de votos válidos de Marina no primeiro turno, a questão ambiental está no centro do debate político. Assim, a liberação de uma licença preliminar, apenas para o canteiro, de um projeto questionado por ambientalistas pode afastar esse eleitorado.

"Acho muito grave que um empreendimento dessa magnitude esteja sofrendo pressões, e pelo que tudo indica, pressão política. Ao ponto de o diretor de licenciamento estar se demitindo e o presidente do Ibama, me parece, está muito desconfortável em continuar no cargo caso a pressão continue, declarou Marina à época. A própria ex-ministra sentiu na pele as pressões para liberar as licenças das usinas do Rio Madeira (Santo Antonio e Jirau). Na época, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, então ministra-chefe da Casa Civil, engrossaram o coro dos que queriam mais agilidade no processo de liberação das obras.

Veja as reportagens completas em: http://jc3.uol.com.br/blogs/blogcma/index.php

Por: Diogo Paz

2 comentários:

  1. Pff.. Só tem pressão pra agilizar o que é do interesse deles, né. Lamentável... :/

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  2. Que bom que ao menos, de uma forma ou de outra, a questão ambiental ganhou alguma centralidade. Vamos ver se algumas questões são "internalizadas" de fato pelos novos administradores...

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