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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Recife confirma que vai comprar mangue no Pina

Fonte: Jornal do Commercio.
Publicado em 17.12.2010


Secretário de meio ambiente da PCR, Roberto Arrais, disse que será pedida suspensão do edital de licitação da venda da área, que pertence à Marinha

A Prefeitura do Recife encaminhou, ontem, à Capitania dos Portos de Pernambuco um ofício assinado pelo prefeito em exercício, Milton Coelho, comunicando formalmente o interesse de compra do manguezal onde funcionou a Rádio Pina, na Zona Sul do Recife. De acordo com o secretário de meio ambiente da cidade, Roberto Arrais, será pedida a suspensão do edital de licitação da venda da área, que tem 320,34 hectares, dos quais 70% pertencem à Marinha.

“Esperamos que a suspensão seja confirmada até a próxima terça-feira, data de abertura das cartas com as propostas de compra”, disse o secretário. A Capitania dos Portos só vai se pronunciar sobre o assunto após a análise do documento. De acordo com o comandante Mário Silva, a decisão de suspender o edital de licitação partirá do Alto Comando, em Brasília, e será publicada no Diário Oficial da União.

Segundo Roberto Arrais, durante uma reunião que também envolveu o Ministério Público Federal, realizada anteontem, a Marinha ficou responsável pelo levantamento de terrenos onde deseja construir as residências para os militares. “Vamos analisar a proposta e avaliar a construção das casas”, informou. Como a Prefeitura não pode investir em áreas fora dos seus limites, o governo do Estado também poderá entrar na negociação, caso a Marinha solicite terrenos fora da capital pernambucana.

O secretário disse, ainda, que a negociação vai tratar também de uma área do terreno onde passará um trecho da Via Mangue. Roberto Arrais informou que o valor pedido pelo terreno, R$ 51 milhões, deverá ser reduzido, devido ao Decreto nº 25.565/2010, assinado no início do mês pelo prefeito em exercício, que regulamenta a criação do Parque Natural Municipal dos Manguezais Josué de Castro. A meta é garantir a preservação de ecossistemas naturais, possibilitar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental. A Marinha não mantém atividades na área desde 1996 e o terreno é considerado ocioso e dispendioso. Por ano, são investidos R$ 200 mil na manutenção e preservação da área.


Por: Naia Lua.

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